BRASIL SOBE EM RANKING DE SOLIDARIEDADE, MAS HÁBITO DE DOAR AINDA NÃO FAZ PARTE DA CULTURA DO BRASILEIRO
Engaje-se

26 nov

A generosidade do brasileiro foi auferida pelo World Giving Index – WGI (Índice Mundial da Solidariedade) da Charities Aid Foundation (CAF) e colocou o Brasil na 68º posição do Ranking Mundial de Solidariedade. Embora esta seja a melhor colocação do país desde 2009, subindo 37 posições no ranking, o Brasil ainda está atrás dos vizinhos Chile, Uruguai e Peru, que possuem menor poder econômico.

O WGI registra o número de pessoas que ajudaram um estranho no mês anterior ao levantamento, fizeram trabalho voluntário ou doaram dinheiro para uma organização da sociedade civil. No levantamento, a parcela de pessoas que doaram dinheiro aumentou de 20% para 30% em relação a 2015, enquanto a proporção dos que fizeram trabalho voluntário aumentou de 13% para 18% na mesma comparação. Já 54% dos brasileiros disseram que ajudaram um estranho no mês anterior à pesquisa, um aumento em relação aos 41% do levantamento passado.

O Brasil cresceu nos três aspectos que compõem o levantamento, no entanto, a quantificação desses gestos mostra uma realidade um pouco diferente. Segundo WGI, são pelo menos 33 milhões os brasileiros que doam quantias em dinheiro para organizações da sociedade civil pelo menos uma vez por ano. Parece muito, mas é pouco comparado com a cultura de doação que existe ao redor do mundo.

Apesar da fama de generosidade do brasileiro, a pesquisa Retrato da Doação no Brasil, de fevereiro de 2014, promovida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) em parceria com a Ipsos Public Affairs indicou que de cada 100 brasileiros, 30 doam para pedintes de rua, o mesmo número que disse doar para igrejas, e apenas 14 doam para ONGs. Dados que, quando comparados a países melhores ranqueados, demonstram que o hábito de doar não faz parte da cultura do brasileiro.