FÁBIO: DAS CORRENTES PARA A LIBERDADE EM CRISTO
Engaje-se

11 dez

Em 2011, um jovem emocionou toda a equipe da Missão Cristolândia de São Paulo ao entrar acorrentado no meio de um dos cultos. Ele estava acompanhado pela sua irmã e as correntes haviam sido pedidas por ele mesmo, para que pudesse ficar longe do crack. Na época, a história de Fábio comoveu os batistas brasileiros ao retratar a situação em que vivem tantos jovens escravos das drogas. Hoje, aos 26 anos, Fábio Alves de Jesus conta como continuou sua história após aquele dia em que foi resgatado.

Fábio encontrou as drogas aos 13 anos. Morador do interior da Bahia, começou a usar maconha e cocaína e acabou se envolvendo no tráfico. Foi apreendido por três vezes durante a adolescência. Aos 17, se mudou para São Paulo para tentar mudar de vida e deixar as drogas, mas acabou conhecendo o crack.

“Queria ter uma vida normal, sem usar drogas. Mas algumas coisas da minha vida me machucaram bastante e isso acabou me levando de volta às drogas em São Paulo. E, por curiosidade, eu quis usar o crack. Perdi trabalho, vendi minhas coisas, comecei a pegar coisas em casa, fui para a rua. Até que meu irmão chegou para mim, chorando, pedindo para eu sair daquela vida. Mas eu não conseguia. Falei que para mim não tinha jeito. Até que um dia eu falei ‘se você quer me ajudar, me prende dentro de casa, me acorrenta, faz alguma coisa, porque eu não consigo’. E foi isso que ele fez”, conta o jovem.

Na época, Fábio tinha 19 anos e morava com a irmã e o irmão. Quem mostrou esperança para a situação foi uma missionária chamada Andréa, que morava próximo à família e falou que havia um lugar de regeneração para ele: a Cristolândia.

“Quando eu cheguei ali [na Missão] o pastor Humberto e a missionária Soraia me chamaram para frente e começaram a chorar, comovidos com a minha situação. Eles oraram por mim. Me mandaram olhar para várias pessoas que estavam ali orando e falaram que todos eles tinham sido iguais a mim. Aquela camisa escrito “Jesus Transforma” mexeu comigo. Eu falei ‘não tenho outra opção, só crer nesse Jesus. Quando eles começaram a orar eu senti sair aquele peso, como um alívio na alma”.

Dali, Fábio foi encaminhado para Muriaé (RJ), unidade que era coordenada pelo pr. Fernando Arêde. “Sou muito grato a Deus por ter me colocado nesse projeto, porque mudou a minha vida. São pessoas que não estão focadas em dinheiro, mas estão focadas em almas, e eu tenho aprendido a ser assim também. É uma felicidade quando eu fico sabendo que mais alunos estão bem com a família, trabalhando, com casamento restaurado. Não tem valor que pague isso”, completa o jovem.