GRÁVIDA, VENEZUELANA REENCONTRA MARIDO NA CASA MINHA PÁTRIA
Engaje-se

5 set

A situação dos refugiados da Venezuela que buscam ajuda no Brasil superou a questão política e passou a ser uma causa humanitária. Centenas de famílias chegam ao país por meio das fronteiras e, muitas vezes, se separam nesse trajeto. Mas, em meio a tanta desesperança, algumas histórias emocionam aqueles que estão de perto acolhendo essas pessoas.

A venezuelana Anaelis Rodulfo, de 22 anos, grávida de 7 meses, embarcou no Aeroporto Internacional de Boa Vista nesta quarta-feira (05) rumo a São Paulo. Já no estado, ela reencontrou o marido Richard Gabriel, 27 anos, que estava há uma semana na Casa Minha Pátria, projeto que tem recebido refugiados venezuelanos.

O casal vivia junto em um abrigo em Boa Vista e seria levado para São Paulo, mas Anaelis não pode viajar porque ainda não tinha feito o pré-natal e somente o marido seguiu viagem. Depois da ida de Richard, a gestante iniciou os exames de pré-natal com apoio do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) e embarcou em uma semana.

“A vida na praça era horrível. Nós dormíamos no chão em cima de papelões e comíamos o que conseguíamos”
Anaelis Rodulfo, refugiada da Venezuela

Vivendo no Brasil há 6 meses, a venezuelana chegou a morar com o esposo em Boa Vista na Praça Simón Bolivar, desocupada em maio deste ano. “A vida na praça era horrível. Nós dormíamos no chão em cima de papelões e comíamos o que conseguíamos”, relembrou. “Agora, com essa oportunidade, espero mudar de vida e sei que agora tenho mais chances”, Anaelis Rodulfo.

Assim como os demais venezuelanos na casa, ela pretende encontrar trabalho no Brasil. “Com ajuda dos missionários, o Richard já conseguiu diárias, mas vamos em busca de um emprego fixo. Na Venezuela estávamos desempregados”, conta ela que deixou outro filho de 4 anos no país vizinho e pretende trazê-lo ao Brasil assim que tiver condições financeiras e estáveis.

“Não é nada fácil para mim e mais ainda porque deixei meu filho na Venezuela e é muito triste estar longe dele. Agora estou indo para muito mais longe, mas sei que é para um bem maior e ponho nas mãos de Deus que tudo sairá bem”, conta a venezuelana.

 
 

Faça a diferença. Doe